30.1.12

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The Girl With The Dragon Tattoo (Os Homens que Não Amavam as Mulheres)

Antes de mais nada, detesto o título que deram para esse filme em português. #prontofalei

Dito isso, ler um livro antes de ver o filme sempre faz com que o filme deixe algo a desejar, e faz o espectador assistir com um pouco mais de expectativas. Adaptações são difíceis, e, obviamente, as mídias são diferentes. Para traduzir um livro para filme, as vezes, é necessário fazer mudanças, cortar partes menos importantes e dar um ritmo próprio a história sendo contada nas imagens. Os livros tem o número de páginas que quiserem, os filmes tem tempo limitado. Por isso poucos filmes conseguem ser tão bons quanto os livros, seja adaptando ao pé da letra (Senhor dos Anéis, Harry Potter, quase todos da Jane Austen), ou fazendo versões modernas (Great Expectations, de 1998), a maioria não consegue e muitos são piores.

O David Fincher, na minha opinião, foi feliz em adaptar outros livros para o cinema: Clube da Luta, The Social Network e até o conto do Benjamin Button (mesmo que o filme não seja tão interessante). Desses só não li The Social Network, mas o filme é tão bom que imagino que foi bem adaptado.

Com The Girl With The Dragon Tattoo, ele não tinha só o primeiro livro para se basear, tinha também o filme sueco feito em 2009. Visualmente o filme do Fincher é incrível, transmite toda a claustrofobia do inverno sueco, a trilha sonora é muito boa, os créditos da abertura já te deixam no clima, a Rooney Mara faz uma Lisbeth Salander fiel a do livro, e o Daniel Craig....ai, gente, o Daniel Craig está ótimo nesse filme.

A história é sobre um jornalista (Daniel Craig, macho-que-é-macho), que depois de um processo por calúnia, é contratado por um tiozinho milionário para desvendar o sumiço de sua sobrinha que aconteceu em 1966. Para isso o jornalista se muda para o fim do mundo no norte da Suécia onde tudo aconteceu. Paralelamente conhecemos a Lisbeth Salander, uma investigadora particular e hacker. Os dois se juntam para desvendar o crime. E, sim, tem muita violência.

Das mudanças que foram feitas do livro para o filme, a que menos gostei foi o final. Tudo acontece rápido demais no fim, da resolução do caso investigado a armação contra o banqueiro, quase não dá para entender direito e deixa muitas brechas.

Ainda assim é um filme muito bom, eu gostei. A Tia Helo não ia passar dos créditos de abertura, só ali ela já diria 615 "Ai, Jesus!" para o dragão tatuado.


The Descendants

George Clooney faz um havaiano, descendente de uma geração que começou com um inglês casando com uma havaiana, herdeira do Rei Kamehameha. Ele tem o poder de decidir para quem vender (ou não) umas terras virgens na ilha de Kauai, que serão transformadas em resort, campo de golfe, etc.  Ele é pressionado pelos primos, mas isso é só pano de fundo para um filme sobre a vida, o universo, tudo mais, e o hawaiian way of life.

A esposa do Clooney (vamos combinar que ninguém lembra o nome de nenhum personagem dele) sofre um acidente e fica em coma. Com isso ele tem que cuidar das duas filhas, uma adolescente rebelde de 17 e outra de 10 anos, coisa que ele nunca fez. Acontece que o médico diz que a esposa não vai sair do coma e que eles tem que desligar os aparelhos e esperar ela morrer. No meio de tudo isso ele descobre que a esposa estava tendo um caso com um corretor de imóveis. Então, a vida é assim, as coisas acontecem e o Clooney vai aprendendo a lidar com elas, e com as filhas.

Eu gostei. Fazia tempo que o George Clooney não atuava tão bem, acho que desde Syriana. Só senti falta de uma cena de surf, ainda mais que o Laird Hamilton fez uma ponta. A Tia Helo diria 147 "Ai, Jesus!" para aquela corridinha sem jeito do Clooney.

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